100/Special Reports/Experiencing One World, Enjoying a Peaceful Era

Special Reports

 

Vivenciando um único mundo; gozando
uma era de paz

Narrativa sobre o Retiro Internacional de 3 dias realizado em 1998 na cidade de Los Angeles, EUA

 

Pelo Grupo de Notícias de Taipei, Formosa


De 16 a 18 de dezembro de 1998, realizou-se uma esplêndida congregação, acompanhada por um concerto que expressou de forma lírica o amor universal no Retiro Internacional de 3 dias em Los Angeles, EUA, que trouxe uma mensagem de paz para o mundo. O Retiro ocorreu no hotel Century Plaza. Em frente ao hotel, uma fonte com cores resplandecentes convidava os companheiros iniciados de todas as partes do mundo a apreciarem a interpretação de "Trillion Star" e gozo interno. Com a dedicação proveniente do amor e da sabedoria, muitos companheiros iniciados trabalharam dia e noite para transformar o hotel em uma encantadora Terra Sagrada. Na área de alimentação externa, a equipe da cozinha dispôs a comida em um lindo barco de madeira em forma de dragão na cor prata, que foi decorado com luzes de Natal. Todos os espaços foram tomados por uma atmosfera festiva, alegre e romântica: a Seção de Livros, a de SM Roupas e Jóias Celestiais, que foi o destaque do Retiro e o favorito dos iniciados, combinaram sabedoria com criações artísticas.

Na véspera do Retiro, houve uma iniciação espetacular. Sentados à frente, no recinto especialmente reservado para a ocasião, os aspirantes à iniciação de todo o mundo, de diversas raças e vestimentas, foram rodeados pelos iniciados mais antigos, também vindos de várias partes do mundo. Durante a meditação da iniciação, cercados por uma atmosfera de paz, todos estavam repletos de alegria e de felicidade.

Orações pela Paz no Mundo

O dia 16 de dezembro marcou a abertura oficial do Retiro de 3 dias. Durante as quatro sessões diárias de meditação, todos praticaram diligentemente e desfrutaram o poder purificador da Luz e do Som Interiores. Ao final da segunda sessão do primeiro dia, a Mestra chegou ao hotel vestindo um casaco vermelho e calças brancas. Ignorando o cansaço da viagem e de uma agitada agenda de trabalho, Ela imediatamente veio nos ver e, para satisfazer nossos anseios, caminhou por todo o salão de meditação.

Enquanto conversava descontraidamente, a Mestra mencionou que, como agora vive sozinha, teve de aprender a fazer muitas coisas mundanas, como pagar contas, dar telefonemas e até mesmo usar o correio eletrônico e a Internet. Ela se tornou uma especialista em apertar botões! Rindo, a Mestra disse que tinha mais solidariedade para conosco agora. Parece que nunca ficamos livres. Não se pode se ausentar por mais de uma ou duas semanas porque as contas nos perseguem. Apesar de não sermos prisioneiros, estamos atados; todos nós somos "de propriedade alheia". A Mestra também disse que na maior parte do tempo, consideramos isso como uma ilusão e simplesmente seguimos o jogo. Se visse as coisas muito claramente, não desejaria fazer muito. Às vezes Deus nos deixa um pouco no escuro ou em gabinete de trabalho para que continuemos a fazer o que é preciso antes de deixarmos este mundo.

Essa noite, a Mestra veio ao salão de meditação informalmente vestida de branco e, como acontece quando se reencontra com a querida mãe, tivemos assuntos infindáveis para conversarmos. Na sessão de perguntas e respostas, Ela observou que poucas pessoas conseguem enxergar mais além da ilusão; ao contrário, deixam-se prender por ela. Por outro lado, as pessoas iluminadas podem fazer parecer que foram presas por ela, mas não foram; elas vêem por um ponto de vista diferente. Elas podem optar por continuar o jogo, deixá-lo ou mudá-lo. Da mesma forma, alguns podem ver esta vida tão claramente como se assistissem a um filme. A Mestra tem encorajado aqueles de nós que ainda não conseguem ver de maneira tão clara, a continuar a meditação e a pensar nisso até que consigam ver claramente, quando então serão "iluminados, um grande momento!"

A Mestra também mencionou que, sempre que meditamos, a energia permanece no ambiente - mesmo as paredes vibram, o teto vibra. Conseqüentemente, devemos fazer boas coisas a todo o tempo para nos cercarmos de boas energias. Falar sobre meditação, sobre Deus, sobre a força da Mestra e sobre coisas positivas cria uma energia positiva. Quando meditamos, pensamos, conversamos e fazemos mais coisas positivas, as paredes de energia com as quais nos envolvemos se tornam mais fortes. Então, como "os semelhantes se atraem", maior será a quantidade de energia vinda de diferentes direções. Portanto, onde quer que vamos, carregamos essa "bolsa de energia" ou "aura de energia", essa energia positiva, como se fosse uma casa móvel. A Mestra alertou-nos para que nunca nos afundemos no círculo negativo. Às vezes, as pessoas podem nos arrastar para baixo, mas devemos estar sempre atentos e tentarmos nos manter positivos.

No dia 17 de dezembro, uma funcionária do hotel contou a alguns dos nossos companheiros iniciados que, quando estava se dirigindo para o trabalho, havia orado para aprender mais sobre esse grupo espiritual especial e sobre sua Mestra. Ela comentou: "Agora Deus respondeu à minha oração. Percebi que seu grupo transmite uma sensação de tranqüilidade e paz raramente encontrada em qualquer outro lugar". Depois de uma breve apresentação dos ensinamentos da Mestra, ela ficou maravilhada e exclamou: "Foi exatamente isso que Jesus nos ensinou!". Muito feliz, levou consigo um livreto e alguns exemplares da revista News, expressando sua gratidão a Deus por ter-lhe dado a oportunidade de conhecer os ensinamentos da Mestra.

Uma Mestra Moderna

Pela manhã, a Mestra encontrou com os discípulos vindos da China e de Au Lac. Brincando, Ela comentou sobre como um Buda dos dias de hoje teria de se manifestar no mundo moderno em que vivemos atualmente. A Mestra observou que nas mentes das pessoas comuns de crença budista existem determinadas idéias de que um Buda deveria ter esse ou aquele comportamento. No entanto, hoje, mesmo que um Buda viesse novamente, Ele teria de se adaptar neste mundo e se atualizar de acordo com os tempos modernos para libertar os seres sensíveis. Se Shakyamuni Buda viesse novamente, sentiria-se perdido porque nem o inglês saberia falar; seria detido pela polícia por mendigar a comida e usar roupas esfarrapadas. Um Buda moderno deve saber usar um walkie-talkie, um aparelho de fax, o correio eletrônico, falar diversos idiomas e até mesmo pagar contas e ter cartões de crédito. Um Buda progressista deve se apresentar de acordo com os avanços de sua época. Entretanto, ainda é difícil para muitas pessoas aceitar esse conceito de um Buda moderno; em vez disso, elas atacam e desconfiam desse Buda. Contudo, na longa jornada, o resultado irá comprovar por si mesmo.


Na tarde do dia 17 de dezembro, a Mestra continuou a responder perguntas. Uma irmã iniciada estava preocupada com o caso de legumes geneticamente modificados que poderiam conter genes de animais. A Mestra disse que seria extremamente ruim se assim fosse, mas de bom-humor respondeu que da próxima vez, antes de comer um legume, devemos ouvi-lo com atenção. Se ele guinchar como um porco, latir como um cachorro ou miar como um gato, então não deveremos comê-lo. Os adoráveis comentários da Mestra provocaram murmúrios de alegria na platéia, nos unindo em uma gostosa gargalhada.

Um irmão, que acabara de receber a iniciação neste Retiro, contou uma experiência que teve três anos atrás, quando, com os olhos abertos, viu a Lua se transformar em uma flor de lótus. Quando perguntou à Mestra o significado dessa experiência, Ela respondeu que talvez Deus quisesse lembrá-lo de buscar a prática espiritual o mais antes possível.

Na sessão noturna, depois de conversar demoradamente com um irmão da Alemanha que sofria de epilepsia, a Mestra o abraçou, tocou sua face e deu-lhe muitas balas. Ela exortou a todos nós para que não permitíssemos que nenhum fato, seja bom ou ruim, impedisse-nos de nos conhecermos a nos mesmos - que somos grandiosos. Uma vez que entramos em samádi, o mundo inteiro desaparece, e somos unicamente a luz, a liberdade. Somos tudo o que é lindo, bem-aventurado e abençoado; não somos o corpo físico em absoluto. O corpo nem mesmo existe, tampouco o planeta; portanto, não deveríamos nos preocupar com aquilo que acontece conosco, com este corpo "inexistente", mas devemos encontrar a Verdade e ser felizes. "Sejamos simples!".

Somos Luz

A Mestra continuou: "É um sentimento tão bonito o de ser iluminado e de saber que somos Deus - que somos luz, que somos a liberdade. O corpo físico não é seguro. Tudo pode acontecer. Não nos preocupemos com o que nos acontece fisicamente". Contando a história de um homem corcunda, a Mestra disse que ele conheceu e se apaixonou por uma linda garota e gostaria que ela fosse sua esposa, mas ela, claro, desprezou-o. Apesar disso, disse a ela: "Devemos nos casar. Nosso casamento já foi feito no Céu. Você não se lembra, mas antes de virmos aqui, Deus nos disse que um de nós seria corcunda e era para ser você. Mas eu não suportaria isso, então tomei para mim essa deformidade. É por isso que sou assim e que você é tão bonita." De alguma maneira, essas palavras fizeram com que ela se lembrasse e percebesse que o que ele havia dito era verdade. Então, voltando-se para o discípulo alemão, a Mestra disse com ternura: "Talvez você esteja se sacrificando por alguém e nem mesmo sabe disso."

Valorize todas as oportunidades que conduzam à realização de Deus

Durante a última sessão de meditação na manhã de 18 de dezembro, a Mestra comentou que não gostava do frio e esperava que nós não a convidássemos para retiros realizados em regiões frias durante o inverno. No entanto, parecia que os Guardiões Celestiais também entenderam o desejo da Mestra, pois a temperatura tipicamente fria da Califórnia no mês de dezembro de repente ficou muito quente e permaneceu agradável até o final do retiro. Brincando, a Mestra disse que isso estava acontecendo porque milhares de santos mágicos haviam meditado ali e gerado uma energia quente. Ela também elogiou especialmente a equipe da cozinha por ter criado uma área de refeição tão romântica e por preparar uma comida tão saborosa. Comentou que não é nada fácil preparar comida para tantas pessoas e que a carga de trabalho do pessoal da cozinha era muito pesada. Ela continuou: "Quando centenas de pessoas trabalham juntas, em perfeita cooperação, é como se somente uma pessoa trabalhasse". Tocada pelo espírito de sacrifício deles, a Mestra elogiou as habilidades de nossos companheiros iniciados.

A Mestra agradeceu a todos por serem tão bons e amáveis em todos esse anos e pelo amor incondicional expressado pelas doações e pela ajuda que os discípulos ofereceram aos irmãos carentes. Ela ainda observou que sabemos que todos eles são filhos de Deus e, na realidade, ninguém precisa receber nada de ninguém. Mas, somente pelo fato de eles terem se manifestado como tal, é que podemos manifestar nosso amor e perceber quão grande é o amor que podemos oferecer - como somos grandes interiormente. Deus trabalha através de nós para manifestar Seu amor; dessa forma, estamos representando Deus e quanto mais manifestarmos o amor, mais próximos da Divindade estaremos. É isso que quer dizer a Realização de Deus. Ela nos exortou a nos lembrarmos de criar boas coisas para que possamos manifestar a Divindade neste planeta e fazer da Terra o Céu.

Muitos discípulos ocidentais expressaram sua gratidão à Mestra por ter mudado suas vidas completamente e por tê-los conduzido ao entendimento e à libertação. Os discípulos também compartilharam muitas experiências maravilhosas. Um irmão disse que costumava fazer muitas perguntas a Jesus e a Deus e Eles as respondiam. Entretanto, depois de conhecer a Mestra, Eles disseram que perguntasse a Ela. Uma vez, colocando-se ao lado da Mestra, Jesus disse: "Agora você a tem" e desapareceu, mas a Mestra permaneceu ali. Em resposta, a Mestra regozijou-se e disse: "Jesus é folgado. Ele me diz para fazer um monte de coisas para Ele. Diz que está aposentado agora, que tem feito esse trabalho há 2000 anos e que agora é minha vez". O irmão disse ainda que, sempre que precisa, consegue ver a Mestra interior claramente e faz perguntas a Ela.

Em resposta à pergunta de uma irmã, a Mestra explicou: "Após a iniciação, você conhece milagres, encontra a paz, a felicidade e sente o amor crescer dentro de você a cada dia. Você se sente mais protegida agora, sente-se amada, bem cuidada. Não devemos esperar pelo Céu ou depois de morrermos para perceber isso; este é o momento. Ir para o Céu, claro, é outra coisa, é outra dimensão, outro tipo de sentimento, outro tipo de ambiente. Com certeza, deixaremos esse corpo físico e obteremos de volta nosso verdadeiro corpo e nossos verdadeiros sentimentos, verdadeiras percepções sensoriais e verdadeiro conhecimento sem sermos atrapalhados pela mente, pelo cérebro computadorizado e pela carne. Seremos livres, totalmente livres; poderemos ir a qualquer lugar em um instante. Se você precisar ir a algum lugar, bastará subir em uma nuvem, em uma flor de lótus, ou em ar; basta pensar, e você estará lá ou em qualquer lugar de todo o universo. Há coisas que faremos de maneira melhor e com maior sensação de liberdade e de si do que quando fazemos aqui. Aqui, nós estamos nos arrastando, como insetos, como um prisioneiro nesta cela, em comparação com a vida no Céu. Sentiríamos muita pena de nós mesmos se por um momento soubéssemos o que estamos perdendo na Vida Real. Assim, é evidente que o Céu é algo pelo qual devemos buscar - é lindo. Às vezes, também podemos chegar lá através da meditação, então sabemos que há coisas mais grandiosas. O problema é que as palavras nunca são adequadas para descrever esse tipo de dimensão superior."

Um muçulmano recém-iniciado compartilhou a maravilhosa experiência que teve durante a meditação, quando Jesus e Maomé disseram-lhe que o trabalho deles tinha terminado e que agora era a vez da Mestra Ching Hai. Eles disseram que a Mestra é o Mestre vivo e que seu poder é muito grande. O iniciado também viu a Deus, que lhe pediu para dizer à Mestra que está muito contente com o seu trabalho. A Mestra o abraçou. Com a Mestra nos abençoando conforme caminhava pelo salão de meditação, que era muito grande e estava lotado, o Retiro Internacional de 3 dias em Los Angeles foi encerrado numa atmosfera de alegria.

Naquela noite, todos usaram seus melhores trajes e apreciaram o concerto do século no Shrine Auditorium. As belas canções, os poemas comoventes e a grande orquestra se uniram para sintetizar um mundo de paz com as melodias do amor.



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