100/Special Reports/The Heavenly Music: The Symphony of the Century

Special Reports

 

Música celestial:
a sinfonia do século

 

Pela irmã iniciada Jichun Wang, Taipei, Formosa


Embora a noite estivesse fria, ela não conseguiu esfriar o coração das pessoas que aguardaram ansiosas por esse momento. Com um sorriso satisfeito no rosto, milhares de convidados em trajes impecáveis reuniram-se para o concerto beneficente especial, com o bonito e profundo tema "Um Único Mundo... de Paz Através da Música".

Nesse extraordinário evento, estiveram presentes os mais talentosos músicos e artistas de Hollywood, entre os quais o produtor Steve Cooper, o diretor Larry Timm, os Mestres de Cerimônia Debbie Reynolds e John Moschitta, os compositores Fred Karlin e Bill Conti, ganhadores do Oscar, a banda Beach Boys Family and Friends, pioneira do gênero rock and roll nos anos 60, e a banda Gaelic Storm, que ganhou reconhecimento no mundo todo por conta do filme Titanic. O concerto aconteceu no antigo, porém charmoso, Shrine Auditorium, onde também acontece a entrega dos prêmios da Academia. Suas instalações e desenho arquitetônico magníficos permitem criar efeitos sonoros especiais e fazem do teatro o lugar ideal para os artistas se apresentarem.

Quando o espetáculo iniciou, o público logo ficou encantado com o modo rápido de falar do Mestre de Cerimônias John Moschitta, que apresentou a outra Mestra de Cerimônias, a famosa estrela de cinema Debbie Reynolds. A atriz estava linda e feliz; seu jeito de ser, bem-humorado e espirituoso, impressionou a platéia. Em seguida, os Mestres de Cerimônia chamaram a primeira banda da noite, Gaelic Storm. Havia tanta energia na música interpretada pelos seus componentes que o público não resistiu e acompanhou as tradicionais melodias irlandesas com palmas ritmadas. A excelente performance do grupo ganhou a admiração dos presentes.

A seguir, apresentou-se uma orquestra de 60 instrumentos. A primeira peça executada foi "The Prince", de autoria de Maria Newmann, uma das mais célebres compositoras da atualidade. Seu pai, Alfred Newmann, ganhou nove prêmios da Academia. É a confirmação da máxima "tal pai, tal filha". O maestro que regeu a orquestra é seu marido, George Thatcher, um brilhante compositor, letrista e tocador de instrumentos de metal. Seus inúmeros feitos têm deixado marcas nos diversos campos musicais, os quais incluem trilhas sonoras para o cinema, música popular e jazz. A soprano, Ann Marie Ketchum, foi aplaudida por sua participação em óperas e concertos e interpretação de músicas contemporâneas. O trabalho conjunto desses três artistas conseguiu produzir uma atmosfera romântica e estética na peça "The Prince". Marie Newmann optou por escrever a música em estilo clássico, introduzindo várias mudanças no tempo e com uma estrutura vocal flexível que combinasse com as letras emotivas e criativas da Suprema Mestra Ching Hai. A bela voz de Ann Marie estava cheia de ternura e emoção e criou lindas memórias na platéia.

A segunda obra executada pela orquestra foi "Love Melody IV", composta e regida por Peter Boyer. A soprano convidada foi Kerry Walsh. Com música baseada em um poema da Suprema Mestra Ching Hai, escrito em 1979, Peter Boyer captou a "doce melancolia" do poema, dando-lhe um toque mais ardente que ora flutuava, ora se ocultava na música. Conforme Kerry Walsh cantava, os acordes fluíam naturalmente de seu íntimo para as palavras e destas para o coração do público. Kerry Walsh, artista multi-facetada que vem demonstrando seu talento dançando, compondo e tocando flauta, impressionou a platéia com sua voz cativante. Durante o concerto, sua voz comovente ecoou pelo teatro, criando um clima de sonho.

A peça seguinte, uma obra sinfônica, "O Perseguidor da Paz", foi composta por Fred Karlin e executada por várias superstars. A composição consistiu de monólogos, canções, corais e modernas apresentações musicais. As sessões da composição com seus temas exclusivos já eram obras-primas completas por si só; quando ligadas umas às outras, como a formar um poema épico, conquistou a admiração da platéia presente. Fred Karlin, um compositor altamente respeitado, não é apenas um músico famoso, mas também um conhecido educador na área de música. Seus livros, os favoritos de cinéfilos, também se tornaram leitura obrigatória de estudantes de instituições de música as mais diversas.

Vale mencionar que Karlin tocou pessoalmente o flugelhorn do "Perseguidor da Paz". O som profundo e contínuo do instrumento retratou a experiência do poeta na jornada infinita: Contemplando as estrelas, solitário, o poeta subitamente percebe que a alegria e todo o universo se encerram no coração da pessoa. A letra da vocalista Mel Kubik expressou plenamente a melancolia e o estado de confusão do perseguidor da verdade e calou fundo no coração das pessoas presentes. Com uma voz rica e muitos outros talentos, Kubik se sente à vontade com diferentes estilos, incluindo pop, rock, jazz e blues, e vem se tornando uma das músicas mais requisitadas do momento. Jerome Smith, que interpretou o monólogo, recebeu o prêmio Artista do Ano de 1998, concedido pela Sociedade de Jazz Santa Bárbara. Aos 79 anos, lançou seu primeiro álbum. Também ministro da igreja metodista, com seu profundo amor pela humanidade e alegria de viver, a participação de Smith no concerto parecia estar em perfeita sintonia com o tema do evento.

Como sugere o tema do concerto "Um único Mundo... de Paz Através da Música", a música é uma ferramenta de comunicação que cria pontes entre diferentes raças, religiões e culturas e eleva o espírito: é a língua universal da Verdade, da virtude e da beleza. Os músicos do século 21 também devem tentar cumprir seus papéis inatos de estabelecer altos ideais e transformar ódio em amor no coração do público que participou do evento.

À apresentação seguiu-se a exibição de uma fita de vídeo apresentando a vida de uma alma santificada, cujo amor, sabedoria, talentos e caridade, contribuíram grandemente para o ideal de "paz no mundo", cujos seguidores têm acendido a chama da esperança, cuja sinceridade tem despertado milhões de espíritos dormentes e que vieram do puro Reino de Deus. Estamos falando da Suprema Mestra Ching Hai, a convidada de honra da noite.

Usando um vestido branco, solto, com um xale de plush, combinando com o vestido, a Suprema Mestra Ching Hai surgiu elegante e resplandecente. Em meio a uma entusiástica e clamorosa ovação, Ela se dirigiu ao palco e, em nome de todas as pessoas que assistiam ao concerto, ofereceu uma contribuição de $150.000 ao St. Jude Children´s Research Hospital, e de $100.000 à Starlight Children´s Foundation. Quando os representantes das duas organizações agradeceram a Mestra pelo apoio generoso, Ela respondeu: "Agradeçam a Deus", e completou: "Generosos são vocês!" Na realidade, em Seu modo de ver, todas as crianças são filhas Dela e uma de Suas obrigações é zelar pelo seu bem-estar. Em seguida, inesperadamente, o compositor e maestro Peter Boyer pegou na mão da Mestra e convidou-A a interpretar uma canção para a ocasião. Mediante o pedido insistente de Debbie Reynolds, co-Mestra de Cerimônia da noite, a Suprema Mestra Ching Hai, após declinar do convite várias vezes, fechou os olhos e, com voz terna e suave, interpretou Sua "Canção de Despedida", composta a partir de um poema de Sua autoria escrito em 1978, na Alemanha (a melodia é diferente da canção composta por Fred Karlin, em 1998, nos Estados Unidos, e que leva o mesmo título). O público se deleitava no oceano de amor à medida que Sua voz melodiosa e eufônica reverberava no tempo e no espaço.

Em seguida, foi apresentado um pot-pourri de obras musicais compostas por Bill Conti. Ao ouvir essa seqüência de músicas familiares pessoalmente regidas por esse famoso compositor, todos vibraram entusiasmados. Esse pot-pourri, que incluiu composições de várias décadas, ajudou a platéia a entender melhor o significado da afirmação "A música não tem fronteiras". Bill Conti, um músico na acepção da palavra, manifesta seu desejo de compor boa música com características dramáticas, sem se importar com riqueza e fama. Diz ele: "Riqueza e fama são duas coisas que você não pode buscar porque as pessoas é que encarregam de oferecê-las a você. Cabe a você encontrar sua própria verdade e sua própria felicidade dentro de si mesmo. Inclusive, você pode muito bem ser rico famoso e, mesmo assim, não estar necessariamente satisfeito, se não estiver fazendo uma coisa que deseja". Suas crenças e valores podem ser as principais razões pelas quais Bill Conti se tornou um gigante no mundo da música. A perfeita correspondência entre seus nobres ideais e o tema do concerto preencheu uma outra página notável em sua carreira.

Depois de repassar sua gloriosa história musical para o público, Bill Conti expressou sua admiração profunda e sincera à Suprema Mestra Ching Hai, que inspirou essa noite de magia. Afirmando que gostaria de demonstrar sua gratidão através da música, como é hábito dos músicos, o artista se sentou em um sólido piano branco e interpretou uma das composições que a Mestra Ching Hai mais aprecia, "I Will Forever Love You" ("Eu te amarei para sempre"), uma canção que desperta o que há de mais íntimo em nossa alma. Enquanto isso, todos os cantores que haviam se apresentado durante a primeira sessão do concerto, juntamente com seus companheiros praticantes e as crianças vestidas com trajes internacionais, juntaram-se a ele no palco para compor um eclético grupo vocal. Conforme cantavam, as quatro lindas borboletas estampadas no cenário se transformaram em quatro brilhantes fênixes e papagaios. Essa cena solene, majestosa e emocionante, acompanhada de acordes exultantes que pareciam vir do ponto mais profundo do universo, criou uma atmosfera sublime e inspiradora. Muitos participantes verteram lágrimas de emoção. Apreciando o momento harmonioso, fiquei bastante orgulhosa de ser discípula da Suprema Mestra Ching Hai.

Enquanto escrevia este artigo, tive a sensação de que esse concerto magnificente foi, na realidade, um grandioso tributo a uma verdadeira Humanista. Pensei no quanto fomos privilegiados de presenciar essa coroação! Embora o concerto tenha concluído com os alegres acordes da Beach Boys Family and Friends, acredito firmemente que não se trata do fim de alguma coisa; ao contrário, sinto que "Um Único Mundo... de Paz Através da Música" foi apenas um prelúdio que marca a passagem para uma nova era; a beleza e o poder de sua música hão de continuar ecoando e inspirando inúmeras ações da humanidade, até alcançarmos nossas metas finais,quais sejam, paz no mundo e felicidade na Terra.


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