100/Special Reports/Love in the Quan Yin Family

Special Reports

 

O Amor na família Quan Yin

 

Escrito pela irmã Lynn Mcgree, Colorado, EUA (Originalmente em Inglês)

Meu primeiro retiro! Quando sentei no hall de desembarque do aeroporto de Los Angeles perguntando a mim mesma se alguém viria buscar-me e o que fazer em seguida, lembrei-me da história que a Mestra havia contado sobre o homem que morreu na enchente esperando que Deus viesse salvá-lo - depois de ter recusado o socorro das equipes de resgate de um barco, de um helicóptero etc.! Então, levantei-me e dirigi-me para a área de transportes coletivos, onde rapidamente descobri um ônibus circular barato.

Ao chegar ao hotel, senti um pouco de constrangimento: ele era lindíssimo e muito grande. De repente, uma doce voz materializou-se: "Você é uma discípula?" Uma irmã explicou-me que eu deveria subir e providenciar meu registro e enquanto isso ela cuidaria da minha bagagem. Minha mente começou a importunar-me, dizendo que eu era uma tola por deixar meus pertences sob a guarda de uma pessoa estranha. Então, outra voz ainda mais suave parecia dizer: "Ela não é uma estranha, é uma irmã." De repente, um peso saiu das minhas costas e fui invadida por um ânimo positivo. Eu tinha uma vaga consciência de estar vivendo uma situação única, onde eu realmente poderia me livrar de hábitos muito antigos e persistentes: a preocupação e a desconfiança.

Consultei meu relógio e percebi que precisava apressar-me se quisesse chegar na iniciação das 18:00 horas. Enquanto aguardava para fazer meu registro, não percebi que havia entrado na fila errada! Finalmente, com a chave do quarto na mão, subi as escadas correndo, peguei minha bagagem e decidi colocar as minhas coisas num elevador lotado. Contudo, quando cheguei ao quarto que me havia sido designado, soube que aquele era um quarto particular e que não pertencia ao nosso grupo. Felizmente, a Mestra estava enviando-me lições com muita rapidez para que eu me preocupasse muito àquela altura. No setor de registro, obtive rapidamente a chave de outro quarto, subi novamente as escadas, retirei minha bagagem e corri para os elevadores. Mas como eles estavam apinhados de gente, decidi carregar minhas três malas pelas escadas até o meu novo quarto, que ficava no 14o andar.

Assim que comecei a subir as escadas com as três grandes malas, percebi a tolice que estava fazendo. As escadas estavam lotadas e eu fiquei constrangida quando percebi que estava bloqueando a passagem e atrasando as pessoas que vinham atrás de mim. Mas o poder da Mestra veio me resgatar novamente. Mãos de irmãos e irmãs que subiam as escadas atrás de mim apareceram do nada para ajudar-me a carregar as malas. Quando uma pessoa chegava ao seu andar e largava uma mala, outro conjunto de mãos se estendia para substituí-la. E foi assim durante toda a subida até o 14º andar.

As bênçãos da Mestra continuaram durante todo o retiro, mudando apenas quanto à forma. Quando voltei da iniciação para o meu quarto, fui recebida por minhas companheiras de quarto com sorrisos. Eram duas irmãs mais velhas, que estavam com a Mestra há mais de dez anos, e para mim pareciam exemplos vivos do poder e da simplicidade da mensagem da Mestra. Embora não falássemos a mesma língua exterior, o amor da Mestra emanava delas tão claramente que sempre conseguíamos nos comunicar. Por inúmeras vezes durante o retiro elas demonstraram um carinho tão verdadeiro por mim, que me faziam lembrar do infinito carinho da Mestra por seus discípulos.

Na quinta-feira, uma dessas irmãs ofereceu-me uma entrada para o Concerto "Um Único Mundo". A princípio recusei, porque minha passagem de volta estava marcada para a tarde de sexta-feira. Mas durante a sessão de meditação que se seguiu, a Mestra falou sobre a diferença entre a vontade de Deus e o livre-arbítrio. De alguma forma, a resposta dela indicava para mim que eu cresceria mais se ficasse e se tivesse fé de que as coisas dariam certo, do que se eu levasse adiante o meu plano original de partir. Contudo, de alguma forma, minha irmã e eu tivemos uma falha na comunicação e na tarde da sexta-feira quando entrei no quarto para me vestir para o concerto, a outra irmã explicou-me que meu ingresso havia sido cedido a outra pessoa, já que elas haviam pensado que eu iria embora. Ela insistiu para que eu verificasse se ainda havia ingressos sobrando.

Embora a situação parecesse impossível (o ônibus partiria em menos de uma hora), tentei lembrar o que a Mestra acabara de dizer naquele dia: "Mantenha os seus pensamentos positivos." Entretanto, meu esforço para manter o pensamento positivo não mudava o fato de que o escritório lá embaixo já estava fechado quando cheguei. Tentando conter o choro, decidi fazer uma última parada no Balcão de Informações. Em frente ao balcão havia duas irmãs, para as quais perguntei se os ingressos estavam esgotados. Olhando fixamente para mim, uma delas perguntou o que havia acontecido. Contendo minhas lágrimas, decidi explicar rapidamente o que havia acontecido e então vi, maravilhada, quando ela entregou-me o ingresso (o ingresso dela) e disse: "Este é o seu dia de sorte, irmã!" Então eu realmente chorei, somente nessa hora minhas lágrimas estavam repletas de gratidão e alívio. Obrigada, Mestra, por mostrar-me como confiar mais na vontade de Deus!

Não consigo expressar minha gratidão por todas as experiências que transmitiram com tanta eloqüência o amor e as bênçãos da Mestra durante meu primeiro retiro. Eu só posso dizer: "Obrigada, Mestra. É por causa da Sua presença na minha vida que agora tenho a oportunidade de deixar que o amor de Deus preencha meu coração. E a Sua presença nesse retiro me fez ver repetidamente, sob formas tão diferentes, que finalmente estou no caminho certo para Casa, com o melhor Amigo e com a melhor família que jamais poderia imaginar que um dia teria. Obrigada."



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